Em conversas anexadas como provas, o jogador ofende repetidamente a mulher, faz ameaças de morte e diz não ter medo das consequências.
É uma sequência de ofensas sem fim.
Pedrinho ordena que a ex-namorada entregue o celular que ele lhe deu de presente:
“você vai devolver esse celular, aproveita bem porque mês que vem quero na minha mão e, no lugar, outras pessoas vão aproveitar comigo porque você não merece nada”.
Por mais de uma vez ele chama a moça de pobre e de favelada. O jogador faz ameaças:
“vou te pegar, quebrar você, usando o celular para adicionar outro”
Pedrinho diz: “vão ficar 24 horas esperando você sair do portão.”
Imagens feitas por câmeras de segurança mostram o carro de Pedrinho passando pela rua de Amanda, Sempre em baixa velocidade, o veículo aparece em dois dias seguidos.
Nas mensagem, ele explica a razão pela qual queria o celular de volta:
“você tem coisas que podem me prejudicar. Por mim, derruba vocês todos”
Ainda não se importando com as consequências, acrescenta:
“você pode dar queixa no inferno. Eu acabo com a sua vida. Eu vou matar você em fevereiro”.
Amanda Nunes, de 20 anos, com quem Pedrinho namorou por 4 anos, procurou a polícia depois de ser espancada.
A primeira violência registrada por Amanda aconteceu em um prédio na zona norte da capital paulista.
Segundo o boletim de ocorrência, durante uma discussão, o jogador arremessou o celular em direção à jovem, atingindo a coxa direita dela. Rasgou a blusa da moça e ainda jogou as maquiagens e a bolsa de Amanda no lixo.
Mais tarde, no mesmo dia, os dois se encontraram de novo para tomar um lanche e Pedrinho voltou a agredi-la.
A jovem cobrou as maquiagens que ele havia jogado no lixo. Pedrinho deu socos e tapas no rosto e nas costas de Amanda, além de puxões de cabelo. Para se defender, ela mordeu a perna do jogador.
O atleta levou a jovem para em um estacionamento e tenta ter relações sexuais com ela. Amanda chega a relatar a tentativa de estupro a uma amiga.
Os áudios estão registrados no processo que corre em segredo.
Enquanto aguarda um posicionamento da Justiça, Pedrinho segue treinando com os companheiros no São Paulo.
Apesar das denúncias, Pedrinho foi inscrito no Campeonato Brasileiro e também na Copa Sul-Americana.
A principal torcida organizada do São Paulo pediu, em carta, o retorno do jogador ao time. Nesta quarta-feira, a equipe do SBT flagrou Pedrinho deixando o clube. Mais uma vez, ele não quis falar com a imprensa.
O São Paulo também não se pronunciou sobre o caso.
A defesa de Pedrinho disse que o jogador não agrediu a ex-namorada, mas que foi agredido por ela.
Afirmou ainda que o vazamento de informações sobre o inquérito é criminoso e não comentou as ameaças.