Foram realizados 20 mandados de busca e apreensão em diferentes estados do país.
Em Goianira, Goiás, houve um mandado do estado e três mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
No Rio Grande do Sul, foram cumpridos dois mandados em relação a dois investigados, um dos quais tinha vínculo com dois locais.
Em Santa Catarina, foi cumprido um mandado de busca e apreensão, no Rio de Janeiro, um mandado de busca e apreensão e, em Pernambuco, outro mandado foi cumprido.
Além disso, 11 mandados de busca e apreensão foram realizados em São Paulo, bem como três mandados de prisão preventiva.
Entre os alvos dessas ações estão jogadores profissionais e outras pessoas suspeitas de atuarem na intermediação de contato entre apostadores e jogadores, bem como na manipulação de resultados de jogos.
A investigação inicial concentrou-se em cinco partidas da Série A do ano passado.
Operação policial que investigou a manipulação de resultados em partidas de futebol em diversos estados do Brasil
No mês de novembro do ano passado, foram identificadas cinco partidas suspeitas de manipulação na Série A do campeonato, incluindo uma tentativa de cooptação de um jogador do Santos para receber um cartão amarelo.
Além disso, outros jogos em diferentes estados também foram alvos de investigação.
Entre os jogos investigados, estão o Red Bull Bragantino x América Mineiro, em Minas Gerais, onde houve aliciamento de jogadores para receber cartões amarelos; Cuiabá x Palmeiras, em que um jogador do Cuiabá foi punido com cartão amarelo; e Santos x Botafogo, onde um atleta foi cortado para receber um cartão vermelho.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, um atleta confessou ter participado de um jogo manipulado em setembro do ano passado entre Juventude x Palmeiras.
Os valores envolvidos na manipulação de resultados giravam em torno de 50 a 60 mil reais por atleta para cada evento esportivo.
A investigação também apontou tentativas de manipulação em jogos dos campeonatos estaduais iniciados em janeiro e fevereiro deste ano.
Um exemplo é o jogo entre Goiás x Goiânia, onde houve uma tentativa de manipulação para a derrota parcial do time adversário no primeiro tempo. A operação policial foi realizada em fevereiro deste ano e até então, as investigações se concentram nas partidas realizadas até aquela data.
No jogo do campeonato gaúcho entre Caxias e São Luiz de Ijuí, houve uma manipulação de aposta encomendada para que um atleta do São Luiz cometesse um pênalti.Isso também ocorreu no dia anterior em outra partida do campeonato gaúcho entre Esportivo Bento Gonçalves e Novo Hamburgo, onde foi encomendado um pênalti para que um jogador do Novo Hamburgo o cometesse.
Na partida do campeonato mato-grossense entre Luverdense e Operário, a manipulação se centrou no número de escanteios, para garantir que o número tanto no primeiro tempo quanto no jogo todo fosse determinado para atender aos apostadores.
No Campeonato Paulista, no dia 8 de fevereiro, no jogo entre Guarani e Portuguesa, houve também uma manipulação de aposta que envolvia a punição de um determinado atleta com cartão amarelo.
Os valores variavam entre 70 mil a 100 mil reais nos casos envolvendo o placar parcial, como no jogo entre Goiás e Goiânia, onde mais de um atleta foi aliciado. Na partida do campeonato mato-grossense, também há suspeita de mais de um jogador envolvido na manipulação.
Esses jogos foram destinados à manipulação de eventos, variando desde cartões amarelos e vermelhos, número de escanteios, placar parcial em favor de determinado time e cometimento de pênalti.
Durante os mandados, foram arrecadados vários materiais eletrônicos e equipamentos ilícitos.
As partidas suspeitas de manipulação incluem: Santos e Avaí no dia 5 de novembro, Red Bull Bragantino e América Mineiro no dia 5 de novembro, Goiás e Juventude no dia 6 de novembro, Cuiabá e Palmeiras no dia 10 de novembro, Santos e Botafogo também no dia 10 de novembro, Juventude e Palmeiras no dia 12 de fevereiro, Goiás no mesmo dia, Caxias e São Luís na véspera, Bento Gonçalves em Novo Hamburgo na mesma rodada e Luverdense Operário de Várzea Grande.